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De Ferramenteiro a Engenheiro: o “se vira nos trinta” na manutenção

Em alguma oportunidade você pode ter ouvido, “isso não está na minha descrição de cargo” ou “esta tarefa não faz parte da minha função”.

Na teoria, as pessoas estão corretas, mas se na última linha da sua descrição de cargo, conter um parágrafo semelhante a “Executar outras tarefas afins que lhe forem confiadas pela chefia”.

Desta forma, a afirmação inicial pode não ter argumentos suficientes.

Atualmente muito se fala em versatilidade, multitarefa, polivalência e na manutenção acontece a mesma coisa. Por uma necessidade, acabamos por atuar em tarefas fora de nossa expertise, seja para cobrir uma falta de alguém da ferramentaria ou preencher algum documento que normalmente seria feito por um engenheiro.

Existem pessoas que ficam revoltadas, “p da vida mesmo”, mas considero tudo como um aprendizado. Conhecer a manutenção de forma macro é importante e pode lhe trazer benefícios no futuro.

Entender todos os processos que envolvem a manutenção, seus pontos fracos e fortes e qual o seu papel dentro deste sistema, só traz benefícios. Você pode galgar alguma promoção ou partir para outra área, com a qual se identifique, inclusive fora da empresa.

Tem muita coisa por trás de uma tarefa de “substituir o parafuso”, passando por vários processos até a sua execução, tudo envolvido no custo operacional da empresa.

Outra frase bem conhecida é “você vai ter que fazer as duas coisas ao mesmo tempo”. Desta forma você pode pensar que virou um profissional “multitarefa”, mas sinto informa-lo que isso não existe. Antes de alguém ter uma reação contrária ao que coloquei, vou explicar.

Não conseguimos fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo, fisicamente é quase impossível. Você faz várias coisas em sequência, mas nunca ao mesmo tempo.

Se colocarmos duas tarefas em uma linha do tempo e formos até o nível de segundos (nem precisa ir para décimos ou centésimos), entenderá o que digo. Sempre existirá uma diferença de tempo entre uma tarefa e outra, por menor que ela seja.

linha do tempo

Em muitas oportunidades, o profissional de manutenção tem que “se virar” atrás da solução do problema e entender de outras áreas, facilita na análise, tanto na área técnica, quanto na área de gestão (processos).

O profissional de planejamento é uma destas pessoas, que deve ter um bom conhecimento geral, para que a execução se preocupe somente com a sua parte dentro desta engrenagem, desta forma agilizando o reparo do equipamento e reduzindo a perda de produção.

Um profissional polivalente consegue desatar vários nós. Não se aperta diante dos obstáculos que venha a encontrar, mas deve sempre estar em busca de evolução, ter um aprendizado constante.

Você pode não ganhar um prêmio em um primeiro momento, porque vamos falhar em algumas oportunidades para um amadurecimento.

Temos que adquirir várias competências em um mundo que está cada vez mais dinâmico. Torne-se um profissional “multicompetência”.

Texto: Primeira edição publicada na Revista Manutenção sob licença Creative Commons  Licença Creative Commons {japopup type="ajax" content="https://www.revistamanutencao.com.br/licenca/by-sa.html" width="800" height="600"}{/japopup}
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APRESENTAÇÃO:

Colunista da Revista Manutenção, escreveu vários artigos sobre manutenção, elétrica, indústria, qualidade, meio ambiente e mercado de trabalho. Nas horas vagas busca aumentar seu conhecimento e cultura de modo geral.

FORMAÇÃO ACADÊMICA E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:

Graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas de Potência, pela UNISANTA (Universidade Santa Cecília) de Santos, atuou como executante e há mais de dez anos trabalha com Planejamento e Controle de Manutenção (PCM), em indústrias do pólo de Cubatão, nacionais e multinacionais, onde solidificou carreira como Programador e Planejador de Manutenção.


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