Entrevista com Rafael Goes – Esteiras porta cabos em polímero versus esteiras porta cabos metálicas

Entrevista com Rafael Goes – Esteiras porta cabos em polímero versus esteiras porta cabos metálicas

Ainda existem engenheiros que preferem usar esteiras porta cabos de aço ao invés das soluções em plástico? Por quê?

As primeiras esteiras porta cabos foram fabricadas a partir do aço, de modo que, era frequente o uso delas em diversas indústrias, alguns ainda partem do pressuposto de que quanto mais velha for a tecnologia, melhor será. No entanto, hoje em dia, os transportadores de cabos feitos de plástico conseguem realizar todas as funções que as soluções de aço atendem. Elas são feitas a partir de uma mistura de polímeros de alto desempenho e oferecem menor custo, peso reduzido e são resistentes à corrosão, entre diversas outras vantagens técnicas.

As esteiras porta cabos de plástico substituíram o aço na maioria das máquinas automatizadas nos últimos anos. Isso ocorre porque as esteiras de plástico são mais leves e, portanto, permitem um maior número de ciclos, velocidades mais rápidas e um aumento da produtividade. A redução de custos também é outro motivo para que diversos setores industriais adotem o uso de esteiras porta cabos feitas em polímero.

As soluções de aço ainda dominam em algumas indústrias, como em caminhões munk/caminhões guindastes, e também as indústrias de mineração de aço. Isso não quer dizer que as esteiras porta cabos de plástico não possam ser usadas ​​em aplicações nesses ambientes, mas essas indústrias têm sido lentas para mudar, algumas ainda são resistentes a essa mudança e acabam não dando uma chance para conhecer essa nova tecnologia.

Quais são as vantagens e/ou desvantagens de cada uma?

As esteiras porta cabos de plástico são tipicamente superiores ao aço, pois são de baixo custo, leves e resistentes à corrosão. As esteiras porta cabos de aço geralmente possuem um revestimento especial aplicado para torná-las resistentes à corrosão. No entanto, uma esteira porta cabos de cabos em aço inoxidável pode ser utilizada para eliminar problemas de corrosão - porém, essas podem ser muito caras.

O plástico já oferece uma vantagem de preço sobre os  transportadores de cabos em aço, e essa vantagem é ainda maior quando comparada com as esteiras porta cabos de aço inoxidável. As esteiras de plástico também são modulares - você só precisa de uma chave de fenda para manuseá-la. Já as de aço, por outro lado, exigem chaves e kits de ferramentas para desmontar. Isso significa que elas não são tão fáceis de desmontar e substituir, o que implica em maior tempo investido em instalação e manutenção. Enquanto que, com uma esteira porta cabos de plástico, você pode substituir facilmente um elo se ocorrer dano.

Uma vantagem adicional para das esteiras porta cabos de plástico é que elas podem deslizar em aplicações e cursos longos. Em contraste, as esteiras de aço requerem um sistema de suporte elaborado para suportar o parte superiorpor longas distâncias, porque não podem deslizar sobre si mesmo.

Você pode dar um exemplo ou exemplos de uma esteira porta cabos de plástica usada em um ambiente extremamente exigente?

As esteiras porta cabos de plástico podem ser usadas ​​em aplicações offshore, como em plataformas de petróleo, assim como em indústrias de cerâmica,usinas de combustão de carvão, veículos pesados de construção rodoviária,instalações de incineração de lixo, máquinas de perfuração de túneis, siderúrgicas, metalúrgicas, em plantas de tratamento de resíduos, mineração e muito mais. Eles podem lidar com cargas pesadas, altas velocidades e longas distâncias. Então são ideais para inúmeros tipos de aplicações. 

Um exemplo de uma aplicação específica de curso longo sobre mais de 440 metros de altura em dois guindastes descarregadores de navios em uma usina de energia de carvão na Malásia. As esteiras porta cabos de plástico da igus® foram instaladas como um sistema totalmente pré-montadas e fornecem energia e dados para o trolley e a cabine. Os guindastes descarregam até 1.500 toneladas de carvão por hora em estações de ancoragem em uma ilha artificial localizada a cerca de uma milha em alto mar.

Nos EUA, o Porto de Virginia opera e mantém seis guindastes para movimentação de containers e cargas em seu segundo maior terminal de navios na costa. Um desses guindastes é um Paceco de 30 anos. A empresa sofreu problemas devido ao vento e falhas nos cabos em todos os seus sistemas de Festoon responsáveis ​​por fornecer comunicação de dados e energia da parte de trás do guindaste para a cabine do operador. Isso levou os operadores de terminais a substituírem os sistemas Festoon por esteiras porta cabos de plástico pré-montadas, que proporcionam maior confiabilidade, maior produtividade, pois reduzem a manutenção e além de tudo um menor custo.

Por que a igus® sempre se concentrou apenas em plásticos em todas as suas linhas de produtos?

A igus® começou como um molde de injeção de plástico e virou referência com base em seu objetivo de fazer componentes e acessórios de polímero funcionalmente avançados, ainda que acessíveis, para atender qualquer demanda do mercado. Sua extensa pesquisa ao longo dos anos em tribo polímeros (plástico “tribologicamente” otimizados) nos mostrou que conseguimos desenvolver os melhores materiais e os melhores produtos que ofereçam vida mais longa a um custo menor do que a maioria, se não todas, as alternativas de esteiras de aço.

Quais são alguns dos últimos desenvolvimentos de produtos envolvendo as esteiras porta cabos de plástico?

A igus® desenvolveu um material especial para altas temperaturas - igumid HT ('HT' de high temperatures) - para suportar os cavacos quentes que voam durante a operação, até 850 C° graus ou mais altos. Isto anteriormente só havia sido possível com as esteiras metálicas.

A igus® também apresentou recentemente a maior esteira porta cabos de plástico do mundo, a E4.350. O sistema de fornecimento de energia E4.350 é resistente ao desgaste, livre de manutenção e é resistente à água do mar e ao óleo mineral. Essa esteira gigante foi desenvolvida principalmente para aplicações exigentes expostas ao gelo, vento, tempestades, água salgada, óleo e lama de perfuração em aplicações em plataformas de perfuração de petróleo em alto mar. A E4.350 pode mover-se quase 15 metros para cima epara baixo, o que garante que as mangueiras hidráulicas pesadas ​​fiquem protegidas e que sejam guiadas quando uma plataforma de perfuração desliza sobre uma plataforma de óleo ou, por exemplo, no curso do cabeçotes de perfuração.

Para entrar em contato diretamente com o Rafael para falar sobre este artigo,envie um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

via IGUS

igus

 

Texto: Primeira edição publicada na Revista Manutenção sob licença Creative Commons  Licença Creative Commons {japopup type="ajax" content="https://www.revistamanutencao.com.br/licenca/by-sa.html" width="800" height="600"}{/japopup}
Imagens: As imagens possuem licenças específicas, consulte as respectivas legendas
Esteira Porta Cabos disponibilizada pela IGUS via Press Release sob licença Creative Commons BY-SA  
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Gerente de Produto

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APRESENTAÇÃO:

Rafael Goes é Gerente de Produto da linha de Esteira Porta Cabos desde 2011. Iniciou suas atividades na igus do Brasil em 2003 no departamento de telemarketing e por ter atuado em diferentes áreas da empresa tem grande know-how do negócio como um todo. Hoje em dia se especializou na linha de esteiras porta cabos, fazendo a gestão nacional desta linha nos mais variados segmentos.

FORMAÇÃO ACADÊMICA E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:

Profissional graduado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Anhembi Morumbi, com MBA em Gestão Comercial pela Fundação Getúlio Vargas. Tendo ocupado posições de marketing e vendas, atualmente atua como Gerente de Produto em empresa multinacional, onde tem edificado sua carreira profissional. Gosta de ajudar os clientes com soluções econômicas que atendam as demandas técnicas de cada necessidade.


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