Itaipu líder em transição energética
Itaipu líder em transição energética

Itaipu é uma das empresas líderes em transição energética no País

Líder mundial em produção acumulada de energia limpa e renovável, a usina binacional de Itaipu assume também a vanguarda nas ações de transição energética no Brasil. O tema será discutido em âmbito internacional, no G20, no mês de setembro, em Foz do Iguaçu.

Como um dos muitos exemplos, atualmente Itaipu está estruturando o projeto-piloto de uma planta solar flutuante binacional, a ser instalada na margem paraguaia do seu reservatório, com 1 megawatt-pico de painéis fotovoltaicos, para investigar o comportamento técnico e ambiental desse tipo de aplicação.

Outra ação recente de Itaipu, em favor da transição energética, foi a parceria que gerou a instalação de uma Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis. A parceria foi firmada com o Itaipu Parquetec (mantido pela Binacional na Margem Brasileira), com o Centro Internacional de Energias Renováveis - CIBiogás (criado pela Itaipu em 2013 para gerenciar os projetos de biogás) e com o projeto H2Brasil (mantido por uma instituição alemã para apoiar a expansão do hidrogênio verde no Brasil).

O resultado da parceria será a primeira planta-piloto para a produção de petróleo sintético a partir de uma mistura de biogás e hidrogênio verde para servir de combustível sustentável para a aviação (Sustainable Aviation Fuel - SAF).

A preocupação da usina de Itaipu com a eutrofização, ou seja, o aumento de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, no reservatório da usina, o que provoca o surgimento excessivo de organismos como algas e cianobactérias, foi um dos motivos que levaram a empresa a apoiar a transição energética, ainda em 2006.  O fenômeno da eutrofização é gerado pela descarga de dejetos de animais confinados em propriedades ao redor do reservatório, colocando em risco a qualidade da água que abastece a usina e seus municípios lindeiros.

Itaipu entendeu que seria preciso gerar conhecimento sobre a transformação desse passivo ambiental em um ativo econômico: o biogás. Por meio dos dejetos de aves e suínos, é produzido este gás que abastece as propriedades com eletricidade, podendo o excedente ser destinado à rede elétrica. Assim, além de buscar solução quanto a questão da eutrofização, Itaipu iniciou um processo de transição energética nas propriedades, trazendo benefícios ambientais e econômicos aos produtores rurais, incrementando suas rendas e incluindo uma nova fonte de energia renovável e riqueza na sua cadeia de produção.

Os projetos de Itaipu, implantados na região Oeste do Paraná, foram a base técnica e regulatória para a geração distribuída no Brasil, que hoje está massivamente presente em 99,5% dos municípios brasileiros com a solar fotovoltaica, superando os 26 GW instalados no início de 2024 (Aneel).

Em 2013, para reforçar o setor, Itaipu fundou o CIBiogás, baseada em um estudo de viabilidade econômica e mercadológica. Também realizou um convênio de custeio nos primeiros 5 anos da instituição. Atualmente, o CIBiogás é referência nacional no tema, contribuindo desde a estruturação de projetos e negócios até o desenvolvimento tecnológico e levantamento de informações nacionais sobre biogás.

A Itaipu também apoia e financia projetos de energia solar fotovoltaica em áreas rurais e urbanas em todo o Estado do Paraná, por meio do programa Itaipu Mais que Energia, da gestão de bacias hidrográficas e do auxílio eventual para instituições filantrópicas.

Energia a dois países

Ao garantir o acesso à eletricidade no Brasil e no Paraguai, Itaipu evita grandes volumes de emissão de gases do efeito estufa, devido à produção por meio de uma fonte limpa, a hidreletricidade. Em 2023, Itaipu foi responsável pelo fornecimento de 88% de toda a energia elétrica consumida no Paraguai e por 10% do consumo brasileiro.

A usina também dá uma grande contribuição aos dois países no uso de outras energias renováveis, como solar térmica, solar fotovoltaica, biogás e hidrogênio verde. Na margem brasileira, Itaipu investiu R$ 170 milhões em 184 municípios para que hospitais e escolas contassem com instalações de energia fotovoltaica. Há também investimentos em biodigestores de pequeno porte em propriedades rurais, evitando a contaminação da água e do solo.

A partir do início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a usina de Itaipu tem assumido cada vez mais o papel de protagonista na transição energética do Brasil, com investimentos em tecnologia, ações de conservação de recursos hídricos e apoio a comunidades mais vulneráveis. Este protagonismo contribui para colocar o País na vanguarda da agenda verde mundial, num esforço incessante para a descarbonização do planeta. A cooperação regional e o compromisso com a sustentabilidade são fundamentais para que o mundo vença os desafios da crise climática.

Protagonismo

Quando participou do Fórum de Energia 2023, em Foz do Iguaçu (setembro de 2023), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que “Itaipu, sem dúvida nenhuma, e a Petrobras, serão as duas grandes protagonistas da transição energética no Brasil. Nós queremos integrar todas essas políticas [do setor de energia] para dar um exemplo para o mundo”.

O ministro lembrou que quase 90% da matriz energética brasileira é limpa e renovável. “E existe uma grande expectativa no mundo de o presidente Lula liderar o [chamado] Sul Global na relação com os países industrializados e monetizar a matriz energética dos países em desenvolvimento, gerando riqueza para combater as diferenças sociais que ainda são bastante latentes na nossa sociedade”, afirmou.

“Bateria”

Itaipu apoia e contribui para o desenvolvimento de novas fontes renováveis. Mas, ao mesmo tempo, dá segurança ao sistema elétrico em um contexto de crescimento dessas novas fontes, em especial, a solar e a eólica. As hidrelétricas têm capacidade de compensar as flutuações naturais na geração das fontes renováveis intermitentes. Ou seja, na ausência de sol ou vento, é necessária uma fonte segura que atenda de forma rápida a demanda por energia.

Sendo uma grande hidrelétrica, Itaipu funciona, então, como uma espécie de “bateria” para o sistema elétrico, complementando o atendimento da demanda diante da variação das outras fontes. Em muitos países, isso acontece com maior dificuldade, com o uso de baterias físicas, enquanto no Brasil o papel foi assumido naturalmente pelo parque hidrelétrico já instalado. Não é exagero, portanto, reconhecer que a massiva inserção das fontes solar e eólica no Brasil foi viabilizada também pela existência das hidrelétricas, em especial de Itaipu.

Além disso, devido à expansão das usinas eólicas e solares, também é possível observar uma mudança no perfil de carga do sistema, com grandes rampas de consumo no final da tarde. Em muitos dias, Itaipu contribuiu com cerca de 30% do atendimento a essas rampas. Isso reforça a importância da usina para garantir segurança e estabilidade dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio.

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 3 bilhões de MWh. Em 2023, foi responsável por cerca de 10% do suprimento de eletricidade do Brasil e 88% do Paraguai.

 

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